Nessa última semana, acordei com meu celular tocando, era um amigo que chorava e nem conseguia direito conversar e explicar o que havia ocorrido, então decidi ir visita-lo em sua casa para conversarmos sobre o fato. Eu já tinha um pressentimento do que iria se tratar a conversa e com isso ter conhecimento necessário para ajuda-lo. E eu tinha razão! O motivo era uma separação amorosa. Ele havia se relacionando com um rapaz que estava dividido com uma 3° pessoa, que já existia antes do meu amigo. O resultado foi mais que óbvio, meu amigo sobrou na história e ficou muito triste. Depois de conversarmos por um bom tempo, eu o aconselhando, lhe dando forças e palavras de incentivo, ele me disse algo que me dei conta que o seu "problema" era ainda mais grave, ele me disse: -Eu vou renunciar a tudo isso. Eu fiquei intrigado no momento e perguntei: -Renunciar a que mesmo? Então ele me respondeu: - A tudo isso que eu faço, sobre minha opção sexual, sobre essa vida que trilhei e vou procurar seguir meu caminho sozinho tentando cumprir a filosofia da minha religião. 
          Foi uma conversa ainda mais longa pois eu queria que ele antes de tudo reconhecesse quem ele era de verdade e não tivesse vergonha disso, nem por ele, nem pela família nem por motivos religiosos... 
Fiquei triste por ele achar que estava carregando um enorme fardo em suas costas, por ele achar que sua vida não fazia o menor sentido, por ele me confessar que se sentia sujo e impuro diante de todas as coisas que ele fez e praticou com uma outra pessoa que ele amou de verdade... 
          Este é um assunto muito polêmico, mas nem de longe eu queria que ele deixasse de acreditar na sua fé e nas coisas que segue fielmente, porém fiz o possível para ele perceber que a felicidade, antes de qualquer coisa, provem dele mesmo e com Deus em seu coração independente de qualquer coisa. E que as pessoas que o criticavam, por suas escolhas, não iriam fazê-lo feliz. Até mesmo a igreja que ele frequentava não o aceitou da forma que ele é e o deixaram de lado. 
Eu me pergunto:
"Que religião é essa que não aceita seus semelhantes como eles realmente são?" 

"Que direito tem outras pessoas de julgarem umas as outras?" 
Questão complicada e polêmica essa (?) 
Eu o perguntei: -Você consegue ficar avontade em um ambiente onde sente que não é bem visto?
-Você renegará seus sentimentos, seus desejos e sua felicidade em nome do seu "cartaz" na sociedade?

          Infelizmente, não pude ir muito longe com meus argumentos de fazê-lo enxergar que a felicidade é ele quem a constrói e vem primeiramente dele, que ele é dono do seu destino, que não faz sentido algum viver uma vida em vão sem nem mesmo acreditar, saber e aceitar quem ele é realmente, que ele não vai ser feliz se continuar sendo hipócrita e sem a capacidade da autocrítica de saber o que é melhor para si mesmo, que a sociedade que o cobra para ser "igual" a todos e seguir as "regras" não vão lhe trazer nenhum conforto e paz.
          Foi algo bem estranho tudo isso, querendo ou não eu juro como eu tentei fazê-lo ver que não deve se criticar, se julgar, se penalizar com esses pensamentos. 

Disse para ele:  
"-Pense menos e sinta mais pois só assim você vai conseguir se livrar desse peso que carrega, dessa forma será mais feliz e quanto a sociedade lastime por ela ainda não perceber que o amor pode nascer em qualquer lugar e por qualquer pessoa e em qualquer religião, afinal Deus está em todos os lugares e com toda certeza Ele não quer seus filhos infelizes independente de qualquer circunstância que a vida nos oferece, afinal de contas você não escolheu ser assim" (Ninguém escolhe).
          Espero que um dia ele acorde e se sinta mais leve e feliz, ele merece muito isso, assim como todas as outras pessoas que por ventura se questionam da mesma maneira. Eu desejo paz em seus corações, pois a vida é mais que tudo isso. O importante é sempre praticar o bem independente das suas escolhas de roupa, de religião, de lugar e de sexualidade...

  "Eu creio em mim mesmo. Creio nos que trabalham comigo, creio nos meus amigos e creio na minha família. Creio que Deus me emprestará tudo que necessito para triunfar, contanto que eu me esforce para alcançar com meios lícitos e honestos. Creio nas orações e nunca fecharei meus olhos para dormir, sem pedir antes a devida orientação a fim de ser paciente com os outros e tolerante com os que não acreditam no que eu acredito. Creio que o triunfo é resultado de esforço inteligente, que não depende da sorte, da magia, de amigos, companheiros duvidosos ou de meu chefe. Creio que tirarei da vida exatamente o que nela colocar. Serei cauteloso quando tratar os outros, como quero que eles sejam comigo. Não caluniarei aqueles que não gosto. Não diminuirei meu trabalho por ver que os outros o fazem. Prestarei o melhor serviço de que sou capaz, porque jurei a mim mesmo triunfar na vida, e sei que o triunfo é sempre resultado do esforço consciente e eficaz. Finalmente, perdoarei os que me ofendem, porque compreendo que às vezes ofendo os outros e necessito de perdão". 
-Mahatma Gandhi

1 comentários:

Quando li esta postagem eu pensei: o Wes tem bons amigos, que ótimo, pois ele também é uma boa pessoa.

O melhor para seu amigo é deixá-lo pensar bem a respeito de tudo de bom e de ruim que ele passou com o companheiro dele e tomar uma decisão a respeito do que ele fará agora. Lembremos que há outras coisas no caminho aonde vamos e outras pessoas especiais cruzarão nossos caminhos e eles serão grandes amores ou grandes amigos, de qualquer forma, grande amores.
É muito difícil não se abalar por algo de ruim que fazem conosco, como preconceito e exclusão, por exemplo, mas devemos tentar ignorá-los e seguir nosso caminho normalmente.

Té +

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Aqui, irei compartilhar segredos, temores e anseios que possuo. Por que escrever? Para que eu possa falar sobre coisas que não podem ser ditas nem explicadas por palavras,mas podem serem transmitidas e interpretadas através da escrita, sobre fatos que me ocorreram, verdades não explicadas, coisas não entendidas, tudo o que me faça se sentir um pouco mais "eu" no final das contas.

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